De 23 a 29 de novembro, as Agroinspiradoras participam da São Paulo Tech Week, a maior semana de inovação e tecnologia da América Latina.
O Agronegócio está vivendo uma revolução tecnológica e os desafios são os mais diversos como, por exemplo, na logística. Você já imaginou um caminhão que conecta mais 3 por um tipo de GPS e só exige apenas um motorista? É “Truck Platooning” e está em teste desde 2018 nos Estados Unidos e na Europa. O novo sistema reduziria a demanda por caminhoneiros em 9% e traria uma economia de 15% de combustível.
E não pára por aí. Até 2025, a robotização do campo deve crescer 10%, que representa um investimento de quase US$ 67 bilhões. Os dados são da Universidade de Perdue, em Illinois, Estados Unidos.
Sem contar as criptomoedas e a tecnologia de blockchain. A estimativa é de que as criptomoedas já representam US$ 150 bilhões nas transações comerciais americanas. E não precisamos ir tão longe. Eu mesma já vi na Avenida Paulista, em São Paulo, vendedores ambulantes que aceitam pagamento em bitcoin!!
A mudança já chegou. E temos que nos preparar para também nos inovarmos, reinventarmos para esta nova realidade.
As “agtechs” não param de crescer no Brasil. Em Piracicaba, interior de São Paulo, temos o nosso “Vale do Silício”, um HUB de inovação. De acordo com dados da Startup Base, da Associação de Startups, já são mais de 1.000 relacionadas ao agronegócio. Se levarmos em conta o tamanho do mercado, o nosso país se posiciona como um forte candidato a se tornar potência mundial.
Uma quebra de paradigmas que também traz a mulher no protagonismo
Em setembro, eu participei como mentora da vertente agro do final de semana de startups. Por volta de 40% eram mulheres. Curiosas, criativas, empreendedoras e engajadas. Faltam palavras para descrever a interação delas nas equipes. Em apenas 48 horas, surgiram soluções para a agropecuária, como a terceira colocada, CowPorate. Um aplicativo que visa facilitar o contato de pecuaristas com os médicos veterinários – visando agilidade no atendimento, mesmo que a distância, por vídeos, evitando a morte do animal. Otimizar custos e tempo para ambas as partes.
O segredo da inovação está em simplificar, reunir ideias, conhecer as vertentes do setor que atua. Você se sente preparado?
Diante deste cenário disruptivo, decidimos participar da quarta edição da semana de tecnologia de São Paulo que ocorre de 23 a 29 de novembro. No total, serão mais de 800 eventos realizados, 300 empresas parceiras e 50 mil participantes. A expectativa é de gerar mais de 20 milhões em negócios gerados.
O nosso workshop- AgroInovadoras – ocorrerá no dia 26 de novembro, das 9:00 da manhã até meio dia, no PLUG em Pinheiros. ( Link para inscrições: https://www.sympla.com.br/workshop-agroinovadoras__713140)
Para começar, vamos falar de design thinking e mindset inovador. Camila Soares, sócia diretora da BioMarketing, agência de publicidade especializada em agronegócio, abrirá esta discussão. “ A indústria 4.0 não está limitada dentro da empresa, ela integra toda a cadeia de valor, da ponta até o consumidor. Em virtude desta nova relação, é preciso mudar a maneira de pensar para efetividade da aplicação e uso da tecnologia”, define ela.
E vamos trazer cases de inovação, num painel, moderado por mim e por Ticiane Figueiredo, como a @Tech, que é uma startup que desenvolve soluções tecnológicas para toda a cadeia produtiva . “Este é o melhor caminho para agregar valor ao que produzimos, bem como para resolver problemas globais como o acesso aos alimentos, aumento da demanda e questões ambientais”, conta Juliana Chini, líder de Inteligência de Marketing da agtech. “ Mais do que produtor de commodities, o Brasil precisa ser protagonista na produção de alimentos de qualidade com sustentabilidade ambiental, econômica e social. É preciso uma inovação de 360 graus: gestão de pessoas, processos e produtos.”, complementa ela.
E o mundo digital também pode auxiliar na gestão financeira as fazendas. Esta é a proposta da Culte, que é o “mercado livre” do agro, onde produtores podem vender a produção, emitir boletos e receber antecipadamente os valores em suas contas digitais. “Tudo isso é possível através da ferramenta de rastreabilidade em blockchain, que visa trazer transparência nos processos que ocorrem do campo a mesa”, acrescenta Cristiane Sutil, business developer da fintech.
Para Michely Santana, fundadora do Agronerd, a transformação e tecnológica no agro é uma realidade que exige mudança de mindset. “ Vivemos uma nova fase de processos sucessórios e de comportamento no consumo. E se a voz do agro hoje também é feminina, podemos afirmar que a mulher é peça chave na inovação”, diz ela.
Ainda vamos sortear exemplares do livro Mulheres do Agro, conversar sobre a proposta do blog AgroInspiradoras e preparamos outras surpresas. Esperamos vocês! Afinal, juntas somos mais fortes! Mais Agro!
Até lá!