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Publicações ignoraram grandes nomes femininos e mais uma vez fizeram listas recheadas de homens; conheça aqui as mulheres que merecem destaque no empreendedorismo brasileiro.

O final do ano se aproxima e, com ele, muitas confraternizações e festas. Na mídia, chegou a hora de escolher os melhores de 2019. Vocês viram algumas publicações recentemente? Eu acompanhei e admito que me decepcionei. Notaram que não tem nenhuma mulher? Veja duas delas:

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 24 milhões de mulheres empreendem no Brasil, em comparação a 28 milhões de homens. Quase sempre elas se tornam a principal fonte de renda da casa — nos últimos dois anos, este número subiu de 38% para 45%. As empreendedoras brasileiras possuem um nível de escolaridade 16% superior aos homens, mas ganham 20% menos do que os empresários.

O deságio não se limita apenas as empreendedoras, mas a todas as áreas e profissões em que elas atuam.

A ONU Mulheres fez uma comparação salarial com a final do campeonato de futebol paulista feminino. O placar real, foi de 3 a 0 para o Corinthians, mas no site na transmissão feita pelo site da Federação Paulista de Futebol, cada gol teve o desconto de 20%, mesmo valor que as mulheres recebem, em média, menos do que os homens. Assim, o placar final ficou em Corinthians 2,4 x 0 São Paulo. Cada gol representou  0,8.

É preciso virar este jogo!  

Vivemos em um país democrático e os direitos de cada cidadão devem ser respeitados, independente do sexo, raça ou condição social. O fundador do Instituto I Am Democracia, Allan Menengoti, reforça que a democracia vai muito além de regime político. “Um país democrático não busca consenso e, sim, o bom senso. É dar poder a palavra”, diz.

Vamos usá-la em nosso favor e lutar pela equidade de gênero e raça em nosso país. A diversidade é a chave para o desenvolvimento.

#ElasSIM!

Um exemplo de empreendedorismo e inovação: Mariana Vasconcellos, mineira que conquistou a Nasa,a agência espacial norte-americana. Ela é fundadora da AgroSmart, uma startup que propõe a economia de até 60% de água na produção, bem como de energia elétrica, além de melhor técnicas de manejo. Agricultura sustentável e conectada.

No mercado financeiro, podemos citar Maria Silva Bastos Marques, que está presidindo a comissão consultiva do banco Goldman Sachs no Brasil. Entretanto, já era uma empresária poderosa muito antes disso: foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Companhia Siderúrgica Nacional.

Nas associações e cooperativas ligadas ao agronegócio, destaques para Teka Vendramini ( Sociedade Rural Brasileira), Sula Alves ( Associação Brasileira de Proteína Animal), Yuna Ortenzi Bastos ( primeira mulher a integrar a diretoria da Ocepar), Sônia Bonatto ( produtora rural, influenciadora e parte da Aprosoja Mullher de Goiás) e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Estas mulheres nos representam. Cada uma com sua personalidade, mas que demonstram a força e determinação da mulher em superar obstáculos.

E que tal um desafio? Olhe para o lado e veja uma mulher que te inspira. Diga a ela isso. Pode ser a recepcionista, a moça do café, uma atriz ou até mesmo a CEO da sua empresa. Eleja a sua amiga ou vizinha como a mulher do ano! Marque ela aqui neste artigo e dê a ela o reconhecimento que ela merece!

E aproveito para deixar uma mensagem da atriz e poetisa americana Maya Angelou, que eu tanto admiro. “Se você estiver sempre tentando ser normal, você nunca vai saber o quão incrível você pode ser.”

#juntassomosmaisfortes

Até mais!

Roberta Paffaro

Co-autora do Livro Mulheres do Agro | Atuou como Diretora de Desenvolvimento de Mercado, América Latina, CME Group | Colunista Canal Rural e Infomoney | Membro The Worldwide Association of Female Professionals | Agtech entusiasta

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