Dinheiro virtual. Você, de repente, se vê num filme, porém é a vida real, pois a tecnologia veio pra ficar.
Num piscar de olhos, tudo muda. Há dez anos, você imaginava que teria um computador nas mãos, hoje conhecido como celular?
Eu era pequena, mas me lembro dos meus pais e tios dormindo em filas gigantes pra conseguirem comprar uma linha telefônica pra casa!!!
Quem pensou que trocaria mensagem de texto e ligaria de graça pra alguém? Bendito WhatsApp!
E que tal tirar fotos e enviar pra quem quiser em e de qualquer lugar do mundo?
Ah, ainda tem alguma pergunta? Google responde! Ou até mesmo a Siri do seu iPhone!
Quer namorar? Tem aplicativo pra conhecer pessoas!
Mas você já se perguntou se tem limite pra tudo isso?
Algumas séries, como Black Mirror, retratam alguns temas relevantes. Um episódio me chamou muito a atenção. Em que as pessoas tinham um chip e registravam toda a memória ali. Podiam exibir na TV as imagens, rever momentos felizes e outros nem tão “convenientes” assim. E lógico, tudo tem consequência. E me assusta pensar que não estamos tão distantes de uma situação como essa descrita na ficção.
Agora vamos as criptomoedas. Muito se fala de Bitcoin e também de uma nova tecnologia que vem pra substituir/ descentralizar até transações bancárias, o blockchain. Ainda há muito a ser feito, afinal a nossa regulação ainda é clara sobre isso. De acordo com pesquisas realizadas por diversas entidades financeiras, o Brasil já tem mais de 1 milhão de investidores em criptomoedas. Número que corresponde a um terço dos envolvidos no mercado de capitais da Bolsa de Valores do Brasil ( B3).
Os negócios com criptomoedas não são incipientes. Cada vez mais tomam corpo por aqui. Você já imaginou eliminar de sua vida aquela papelada toda no cartório pra vender um imóvel? Um carro? Sim, isso já é possível! Estive em dois eventos esta semana (Master Trade da Infomoney & XP Investimentos e jantar da Global Blockchain Business Council-Brasil) e ouvi depoimentos de que essas compras foram feitas por Bitcoin. Uma simples transferência. E foi só passar o documento pra outra pessoa.
Mais um exemplo. Você sabia que a cada duas pessoas que prestam serviços(terceirizados), uma acaba não recebendo de imediato, toma “calote”. Já existe um estudo que se o contratante e o prestador de serviço tiverem acesso ao “blockchain”, eles podem incluir o contrato nessa realidade virtual e quando o serviço for concluído, o “contrato” é executado e automaticamente, este prestador recebe pelo trabalho feito. Mundo perfeito, certo?
Até o mundo do agronegócio está atento e aderindo esta nova tecnologia. Em janeiro deste ano, o jornal Valor Econômico publicou que a Louis Dreyfus Company, uma das principais tradings agrícolas do mundo, e um grupo de bancos concluíram o primeiro negócio com commodity agrícola usando a base de dados compartilhados”blockchain”. Seria a tecnologia digital também papel transformador na maneira de comprar e vender matérias-primas?
Ainda ouvi outro ponto de vista de que quando a internet surgiu, era algo assustador. Mas hoje quando falamos de Google, por exemplo, não citamos o “https://“ e já vamos direto ao site. E o mesmo deve acontecer com as criptomoedas e também o blockchain. Parecem “palavrões”, coisas de outro mundo! Mas não passam de novas tecnologias virtuais/ digitais que surgem pra facilitar a nossa vida. Essa é a promessa. Você acredita?
*Pra quem quiser entender as definições desses novos conceitos, dê uma olhadinha nesta matéria do G1, que está bem didática.