Recessão técnica. Inadimplência. PIB menor. Inflação acima da meta do governo. O cenário econômico no Brasil vive uma onda de pessimismo. Quem imaginou que 2014 seria um ano fácil, se enganou e feio.
A Copa do Mundo supostamente deveria atrair mais visitantes ao país, fomentar o turismo, gerar trabalho extra e “pagar as contas” depois de tanto investimento no evento. Deveria. Só que o vexame começou em campo. Uma derrota que ninguém esperava de 7×1 para a Alemanha. Neste momento, talvez, o brasileiro tenha caído na real, que nem sempre se vive de festa.
Dados divulgados hoje relatam que as MPEs (Médias e Pequenas Empresas) tiveram o pior primeiro semestre desde 2009, época em que se sentiam os efeitos da crise financeira internacional. Para o Sebrae, a Copa do Mundo, os feriados e redução dos dias úteis, afetaram a situação. Ainda nesta segunda-feira, o Mercado projetou um crescimento menor do PIB em 2014, de 0,79%. Foi o 12º corte consecutivo, segundo o Boletim Focus, do BC. Já a consultoria Serasa Experian divulgou que a atividade econômica caiu 0,6% em junho e fechou o segundo trimestre com retração de 0,9%,puxada pela queda de investimentos e o tombo da indústria. E quanto ao emprego? O IBGE não finalizou a pesquisa mensal por causa da greve.
Enquanto isso, alguns turistas que vieram pra Copa, ficaram. O pedido de refúgio no Brasil cresceu 800%, segundo matéria do Fantástico- TV Globo. Trabalhadores vieram de Bangladesh, de Gana, do Senegal, do Haiti, em uma das maiores ondas migratórias já registradas no país. Será que a economia comporta? Somos um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas… falta emprego até para brasileiro!
E 2014 ainda é um ano eleitoral. Quando imaginamos que a pior fase passou, que vamos tomar um fôlego e respirar novamente… Bum! O acidente trágico do candidato a presidente Eduardo Campos, volta a agitar o Brasil e consequentemente a economia.
No dia do acidente, com a morte dele anunciada, o mercado reagiu imediatamente, a Bovespa fechou em queda de mais 1% e demonstrou a fragilidade do mercado diante à incerteza do cenário eleitoral. Uma reportagem feita pela jornalista Luciene Miranda, da Dukascopy TV, retratou bem o caso e as perspectivas.
Como diz o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, a urna reflete os sentimentos das pessoas e o que falta para os economistas é colocar como modelo a urna. Ela é que permite que uma política virtuosa tenha continuidade.
Até outubro, a previsão pode ser de turbulências, mas sem desastres. Assim esperamos! Que a mensagem seja não apenas que não vamos desistir do Brasil, mas SIM lutar por um país melhor e com a economia mais forte. De verdade. E o início desta luta tem data marcada: 5 de outubro de 2014.